Recentemente, a venda de melatonina sem receita foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Isso porque a agência reguladora aprovou o uso da substância como suplemento alimentar, fazendo com que possa ser vendida em farmácias.

A prática já é comum nos Estados Unidos e na Europa. Entretanto, no Brasil, a venda só era permitida sob prescrição médica e em farmácias de manipulação.

O que é a melatonina?

A melatonina é um hormônio conhecido como indutor do sono, que é produzido naturalmente pelo organismo à noite e secretado pela glândula pineal.

No entanto, alguns alimentos também contêm pequenas quantidades do hormônio. São eles:

• Morango
• Cereja
• Uva
• Banana
• Abacaxi
• Laranja
• Mamão papaya
• Manga
• Tomate
• Azeitona
• Cereais
• Vinhos
• Peixes
• Ovos
• Carne
• Leite

Quem pode consumir?

A diretriz aprovada pela Anvisa orienta o consumo diário máximo de 0,21 mg para adultos acima de 19 anos.

Como irá funcionar a venda da melatonina?

A venda de melatonina poderá ser feita em farmácias, não apenas nas de manipulação.

Contudo, o rótulo deve conter orientações de restrição de uso da substância para:

• Crianças;
• Gestantes;
• Lactantes;
• Pessoas que exercem atividades de atenção constante.

A venda da melatonina oferece riscos?

Um dos pontos sobre os quais precisamos refletir é sobre a compra indiscriminada da melatonina.

Com a venda permitida em farmácias e sem receita médica, é provável que muitas pessoas comprem o suplemento e consumam sem real necessidade.

Além disso, é necessário ter um cuidado especial com os adolescentes. Isso porque o consumo pode prejudicá-los.

Estudos apontam que a melatonina pode acelerar o processo de maturação sexual.

Quais os benefícios da suplementação de melatonina?

O estudo apresentado pela Anvisa aponta que a suplementação de melatonina reduz os tempos de latência do início do sono, principalmente em adultos com transtornos primários do sono.

Além de ser efetiva no tratamento de pacientes com distúrbios secundários do sono. 

A literatura ainda aponta evidências de melhora dos efeitos do jet lag e de distúrbios do sono causados pelo trabalho noturno.

Efeitos colaterais da melatonina

Apesar de raros, algumas pessoas podem apresentar efeitos colaterais após a ingestão do hormônio do sono.

Isso ocorre, principalmente, se a dose não for adequada. 

• Fadiga e sonolência excessiva;
• Falta de concentração;
• Dor de cabeça e enxaqueca;
• Dor de barriga e diarreia;
• Irritabilidade, nervosismo, ansiedade e agitação;
• Insônia;
• Sonhos anormais;
• Tonturas;
• Hipertensão;
• Azia;
• Aftas e boca seca;
• Suores noturnos;
• Dor no peito e nas extremidades;
• Sintomas de menopausa;
• Alteração da função hepática;
• Aumento de peso.

Agora você já tem as principais informações sobre a melatonina e eu quero reforçar que, mesmo que a sua venda esteja liberada, é importante que você tenha recomendação profissional para consumi-la.

E se você quer melhorar seu sono sem utilizar melatonina, confira essas dicas:

• Faça exercícios em algum momento do dia: ser fisicamente ativo durante o dia pode ajudá-lo a adormecer mais facilmente à noite.
• Reserve sua cama para dormir: evite trabalhar na cama para que seu cérebro entenda que ela é lugar de descanso.
•  Mantenha o quarto confortável: certifique-se de que seu quarto seja silencioso, escuro, relaxante e com uma temperatura confortável.
• Crie uma rotina do sono: vá para a cama no mesmo horário todas as noites e levante-se no mesmo horário todas as manhãs.
• Evite álcool e chocolate antes de dormir: fuja de grandes refeições à noite, principalmente as que contêm cafeína e álcool.

Espero ter tirado as suas dúvidas sobre o uso da melatonina!

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